top of page
Vista dos telhados

Paulo Oliveira

Escritor

Sócio desde: 24 de dezembro de 2018

BIOGRAFIA

Paulo Oliveira nasceu a 25 de janeiro de 1949, em Cruzeiro de Santa Bárbara, São Luís, tendo como pais: Antônio Sérgio de Oliveira e Mariana Raimunda de Oliveira, ambos cearenses. Em 1953, com 4 anos de idade, juntamente com seus irmãos, acompanhou seus pais, que se transferiam para a localidade de Cumã, distrito de Guimarães. Ali permaneceu até os 7 anos, quando foi residir com sua irmã Maria de Nazaré, que se casara com o cidadão Napoleão do Carmo Cardoso e Silva e em cuja convivência, esteve boa parte de sua infância e adolescência.

​Em 1959, aos 10 anos, passou a fazer parte do grupo de internos do Patronato Juliana Cunha Bastos. Esse Centro de Educação durou nesse endereço até março de 1961, quando o grande Seminário São José, recém construído, passou a funcionar ao lado do campo de aviação, onde ele esteve também internado, ao tempo do Pe. Marcelo Pepin. Cursou o primário na Escola Paroquial São José; o ginásio, no mesmo prédio, já com o nome de Escola Regional Nossa Senhora da Assunção; o curso normal, na Escola Normal Nossa Senhora da Assunção, cujo curso concluiu em 1971. Em março desse ano, foi nomeado professor primário pela Secretaria de Educação do Estado, para lecionar, à noite, no ensino supletivo.

​Em 1974, foi convocado para atuar junto ao MOBRAL, na condição de supervisor de área. Na sequência, em janeiro de 1975, já residindo em São Luís, foi aprovado no vestibular para Direito, pela UFMA. Enquanto cursava faculdade, lecionava no Colégio Sotero dos Reis II, noturno, à rua São Pantaleão, pelo Departamento de Ensino Supletivo.

Em janeiro de 1980 colou grau em Direito pela UFMA, indo, posteriormente, advogar junto à Federação dos Trabalhadores na Agricultura. Em agosto de 1983, ingressou no Ministério Público Estadual como Promotor de Justiça. Daí então, atuou em várias comarcas do interior, tanto como titular como substituto. Em meados de 1991, quando respondia pela comarca de Grajaú, passou a sentir carência na visão, de modo a atrapalhá-lo na leitura, nos processos e na distinção geral das coisas. Ao procurar, então, o Dr. Afonso Farias, oftalmologista, no Centro de Olhos, no São Francisco, foi diagnosticado como portador de glaucomia, ainda em estado tolerante. Daí por diante, passou a usar colírios diariamente; porém, com o tempo, o quadro não melhorou. Posteriormente, sentiu outras perturbações visuais e, diagnosticado por outros oftalmologistas, teve de fazer um implante de uma córnea no olho direito e tempos depois, o implante de uma lente no outro olho. E assim, ficou quase que totalmente, prejudicado em sua visualização. Inclusive, iludido pela propaganda televisiva, esteve até em Abadiânia, em Goiás, em 1991, acompanhado de sua mulher, D. Carmem Celeste, a fim de aventurar algum milagre. Porém, o que presenciou naquela localidade foi apenas a presença de centenas de visitantes, ludibriados pelo célebre João de Deus, que prometia as curas mais absurdas.

Enfim, após sentir sua visão bastante afetada, procurou novamente o Dr, Afonso Farias, o qual, após minucioso exame, sentenciou: “seu glaucoma é irreversível e bem gravíssimo, a ponto e não lhe permitir mais trabalhar na profissão”. A seguir, ele lhe forneceu um atestado, declarando a deficiência e sua impossibilidade de continuar trabalhando. Após dar entrada do atestado médico, junto ao protocolo da Procuradoria Geral da Justiça, aguardou o deferimento de sua aposentadoria por invalidez. Destarte, a primeiro de julho de 1994, começou sua nova etapa de vida, como aposentado.

​Convém ressaltar que Paulo Oliveira, antes de ser atropelado pela deficiência, jamais deixou, nos tempos vagos, sucessivas obras literárias, chegando, até a data da aposentadoria, a publicar 8 livros, das mais variadas categorias. Todavia, suplantando sua deficiência visual, persistiu em sua jornada cultural, produzindo mais obras, inclusive até o presente mês de janeiro de 2019, totaliza mais 17 trabalhos, atingindo 25 ao todo. O seu livro, “O Mundo dos Vetados pela Luz”, foi traduzido para o sistema braile, percorrendo assim a rede mundial. Sem saber digitar o notebook, utiliza uma técnica bem especial e talvez inédita. Usa pequenos gravadores e fitas, para nestas gravar seus textos e, em seguida, passa-los ao digitador, a fim de deixar o projeto em condição de serem encaminhados à gráfica.

Dessa maneira, driblando o problema visual, essa técnica atinge os objetivos do autor. Porém, o que ele fazia antes de perder a visão, que era o de desenhar e pintar, cessou definitivamente.

Na verdade, antes desta dura realidade, ele pintou dezenas de telas, chegando a participar de várias coletivas em São Luís. Abaixo de suas telas, ele sempre psicografava com o nome de “Paulíver”, que é a junção de Paulo com Oliveira, cujo codinome se estende até os dias atuais; o seu primeiro livro, “Respirando Meus Versos”, contém o pseudônimo “Paulíver”. No campo da música, compôs centenas delas, com variados ritmos e letras, chegando a gravar 7 CD’s, interpretados por variados cantores. Também, compôs cerca de dez hinos municipais, como o de Alcântara, Mirinzal, Cedral do Maranhão e Santa Inês, tendo o hino deste último obtido o primeiro lugar em um concurso promovido pela Secretaria de Educação daquele município. De igual modo, compôs em janeiro do corrente ano, o Hino Comemorativo aos 100 anos da cidade de Guimarães, criada pela Lei Estadual n.º 885, de 26 de fevereiro de 1920 e que se encontra já divulgada pela internet. Em sua trajetória musical, com a marcha-rancho “Se a Vida é Rum”, em 2002, logrou também o primeiro lugar no concurso de músicas carnavalescas, promovido pela Mirante.

BIBLIOGRAFIA

Gonçalves dias e o mistério de sua morte no baixio dos atins (2019)

Cordel das emoções sem lágrimas de crocodilo (2019)

Os dois degredados da frota de cabral (2018)

Quase morro de rir (2018)

O avc da sorte (2017)

O mundo dos vetados pela luz (2017)

​Cordel maranhense sem mentira nenhuma (2016)

Recontando a história de guimarães (2015)

Sindicato do riso, piadas contra o estresse (2014)

Orvalho das pedras (2013)

Heróis da travessia (2012)

São luís de forma engraçada (2011)

A bússola de deus (2010)

​​No reinado das nuvens (2009)

Recontando a história de Guimarães (2008)

​Poemarães, ou guimarães em poesia (2008)

Sabedoria popular sem superstição (2003)

​​​​Por que cantam meus verdes campos (1993)

Um canto à grajaú (1991)

Panorama histórico de tutóia e araioses (1988)

​No infinito das coisas (1978)

São luís de aço e ânsia (1977)

Respirando meus versos (1973)

Paulo Oliveira
bottom of page